Infecção natural do rato, Oryzomys nigripes (Desmarest. 1819) pelo T. cruzi
Open Access
- 1 February 1972
- journal article
- Published by FapUNIFESP (SciELO) in Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical
- Vol. 6 (1) , 11-18
- https://doi.org/10.1590/s0037-86821972000100002
Abstract
Os autores, após uma revisão dos achados de roedores da família Cricetidae e do gênero Oryzomys infectados pelo T. cruzi, assinalam a infecção de um exemplar do rato, Oryzomys nigripes (Desmarest, 1819), capturado no Bairro da Ilha, município de Salto de Pirapora, Estado de São Paulo, Brasil, e cuja amostra de T. cruzi foi isolada através do xenodiagnóstico. O tripanossomo em estudo mostrou-se patogênico para ratos Wistar e camundongos brancos jovens, infectando 100,0% dos animais inoculados. As formas sanguícolas nos camundongos têm 24,25μ. de comprimento total médio e 1,27μ, de índice nuclear médio. Nos animais sacrificados durante a fase aguda da infecção ninhos de leishmânias foram observados, em fibras cardíacas. A infecção experimental de camundongos inoculados com sangue parasitado é leve, com período prepatente relativamente longo (média de 7,1 dias), com baixa parasitemia, e duração da fase aguda variando de 55 a 64 dias. Provas de proteção mostraram que a amostra em estudo confere aos camundongos que sobreviveram alto grau de resistência contra reinfecções pela amostra Y. O tripanossomo cultiva-se bem em meio de Mac Neal - Novy e em meio líquido de Warren. Infecta regularmente triatomíneos, dando os seguintes índices de infecção: P. megistus - 100,0%, T. infestans - 76,7%, T. sórdida - 86,7%o e R. neglectus - 100,0%.Keywords
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- Sôbre tripanossomos de roedores silvestres da região do Araripe do Estado de PernambucoRevista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, 1968
- Estudos sôbre reservatórios e vectores silvestres do Trypanosoma cruzi. XXIV. Variação dos dados biométricos obtidos em amostras do T. cruzi isolados de casos humanos da Doença de ChagasRevista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, 1968