Abstract
O aumento da população idosa exige dos gestores da área da saúde mudanças nos modelos assistenciais, em decorrência da significativa ampliação dos respectivos custos. Este artigo discute uma proposta de fluxo de acesso e definição de prioridades em uma rede ambulatorial. Utilizou-se um questionário breve, com oito perguntas objetivas, visando à captação e ordenação de idosos em risco de admissão hospitalar repetida, tomada como proxy de fragilização. Em uma amostra de 360 indivíduos, evidenciou-se que 75,8% dos idosos apresentavam baixo risco de adoecer. Cerca de 11% da amostra, contudo, apresentou risco de médio a alto de adoecer, utilizando de forma intensiva os serviços de saúde. Os achados corroboram a utilidade do procedimento proposto a fim de classificar idosos em diferentes grupos de risco de fragilização, possibilitando a hierarquização dos riscos nessa população e contribuindo para um sistema de saúde mais eficaz e resolutivo. Sugere-se testar a validade do método em um estudo prospectivo.