Urbanização e ecologia do dengue
Open Access
- 1 January 2001
- journal article
- Published by FapUNIFESP (SciELO) in Cadernos de Saude Publica
- Vol. 17 (suppl) , S99-S102
- https://doi.org/10.1590/s0102-311x2001000700018
Abstract
As mudanças demográficas ocorridas nos países subdesenvolvidos, a partir dos anos 60, geradas por intenso fluxo migratório rural-urbano, resultaram em crescimento desordenado das cidades, nas quais se destacam a carência de facilidades - em particular, de habitação e saneamento básico. Cerca de 20% da população das grandes e médias cidades estão vivendo em favelas, cortiços ou em áreas de invasão. Pela falta de abastecimento de água, há necessidade de armazená-la precariamente, tal como pela ausência de destino adequado do lixo ocorre a proliferação de criadouros potenciais do Aedes aegypti, principal mosquito vetor da dengue, ou seja, depósitos improvisados para água potável e recipientes em que a água é acumulada, constituídos principalmente por latas, plásticos e garrafas usadas. A indústria moderna, por outro lado, privilegia a produção de material descartável. O vírus do dengue tem sua propagação facilitada pela intensidade e freqüência dos meios de transporte, os quais favorecem também a disseminação dos vetores da doença. Estes são alguns dos fatores que tentam explicar o ressurgimento do dengue, a mais importante arbovirose no mundo atualmente e que acomete milhares de pessoas todos os anos.Keywords
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- First record in America of Aedes albopictus naturally infected with dengue virus during the 1995 outbreak at Reynosa, MexicoMedical and Veterinary Entomology, 1997