Perfil da automedicação no Brasil
Open Access
- 1 February 1997
- journal article
- abstracts
- Published by FapUNIFESP (SciELO) in Revista de Saúde Pública
- Vol. 31 (1) , 71-77
- https://doi.org/10.1590/s0034-89101997000100010
Abstract
INTRODUÇÃO: Os dados apresentados fazem parte de um estudo multicêntrico sobre automedicação na América Latina realizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Objetivou-se traçar um perfil da automedicação através da análise da procura de medicamentos em farmácias sem prescrição médica ou aconselhamento do farmacêutico/balconista. MATERIAL E MÉTODO: As especialidades farmacêuticas foram classificadas pelo código "Anatomical Therapeutical Classification" e analisadas sob quatro aspectos qualitativos: valor intrínseco, essencialidade (lista da OMS e Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (RENAME), combinação em dose fixa e necessidade de prescrição médica. RESULTADOS: Foram solicitadas 5.332 especialidades farmacêuticas (785 diferentes princípios ativos), sendo 49,5% combinações em dose fixas, 53,0% de valor intrínseco não elevado, 44,1% sujeitos a prescrição médica, 71,0% não essenciais e 40,0% baseados em prescrições médicas anteriores. Os medicamentos mais solicitados foram analgésicos (17,3%), descongestionantes nasais (7,0%), antiinflamatório/antireumático e antiinfecciosos de uso sistêmico, ambos com 5,6%. CONCLUSÕES: Os dados sugerem que a automedicação no Brasil reflete as carências e hábitos da população, é consideravelmente influenciada pela prescrição médica e tem a sua qualidade prejudicada pela baixa seletividade do mercado farmacêutico.Keywords
This publication has 6 references indexed in Scilit:
- Misoprostol: The experience of women in Fortaleza, BrazilContraception, 1994
- Health care in Brazil.BMJ, 1993
- Selling abortifacients over the counter in pharmacies in Fortaleza, BrazilThe Lancet, 1991
- Padrões de consumo de medicamentos em dois povoados da Bahia (Brasil)Revista de Saúde Pública, 1989
- BLOOD DYSCRASIAS AND THE RELATIVE SAFETY OF NON-NARCOTIC ANALGESICSThe Lancet, 1987
- Risks of Agranulocytosis and Aplastic AnemiaPublished by American Medical Association (AMA) ,1986