Adubação da soja: II - Adubação mineral em "terra-roxa-misturada com argilito do glacial"

Abstract
Na Zona Sul do Estado de São Paulo, uma faixa de terra de cêrca de 500.000 hectares, compreendendo os municípios de Itapetininga, Itapeva, Itaberá, Itararé e São Miguel Arcanjo, embora de baixa fertilidade, tem suscitado o interesse de grande número de agricultores, pela excelente topografia e clima apropriado ao cultivo de trigo e de soja. Com a finalidade de obter informações preliminares sôbre as reações da soja. Glycine max (L) Merril, aos adubos químicos contendo N, P e K e, também, ao calcário, enxôfre e micronutrientes, em solo da região considerada, foi instalado um ensaio em Engenheiro Bacelar (município de Itapeva), em terra-roxa-misturado com argilito do Glacial. Procurou-se, também, verificar o efeito residual dos fertilizantes e do corretivo citados. Os resultados obtidos mostraram forte reação ao fósforo e ao calcário e pequena ao potássio. Vertficou-se efeito negativo do nitrogênio, não revelando significância a presença de micronutrientes e de enxôfre. Pelo estudo teórico do aspecto econômico da adubação fosfatada, nas condições do ensaio, verificou-se a viabilidade da aplicação de superfosfato simples diretamente à cultura da soja. O considerável efeito residual no segundo ano de condução da experiência, evidenciou a possibilidade de ser aumentado, nos plantios subseqüentes, o lucro obtido no primeiro. Por outro lodo, foi comprovada a recomendação, generalizada, de se efetuar a adubação mineral, especialmente de fósforo, nas culturas que precedem a da soja, num programa de rotação.